JUSTIFICATIVA: A saúde é resultado da forma como as pessoas vivem, e o quanto acessam a educação, meio ambiente equilibrado, lazer, habitação, entre outros. A forma de organização da sociedade brasileira historicamente estabeleceu hierarquias por classe social, gênero e raça, que definiram diferentes formas desses indivíduos terem acesso aos determinantes do processo saúde-doença.
Dessa forma, a raça/cor/etnia é uma categoria importante a ser considerada quando se pensa em saúde no Brasil. Por muitos anos, a ideia de democracia racial difundida no país no período da ditadura militar, não permitiu avanços na relação entre a raça e a saúde, mas ações intensas do movimento negro culminaram na criação da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra, que define diretrizes para esse cuidado no Brasil.
O Sistema Único de Saúde (SUS) já prevê entre seus princípios a equidade, que significa ofertar mais a quem mais precisa, ou seja, prestar um cuidado igualitário, mas respeitando as desigualdades existentes, portanto, é essencial que os serviços e principalmente os profissionais da saúde conheçam as diferentes formas de viver, adoecer e morrer, para que prestem uma assistência à saúde mais singular.
Um dos fatores essenciais para estabelecer indicadores de saúde com recorte racial é o preenchimento adequado do quesito raça/cor nos instrumentos utilizados nos serviços de saúde. Do Censo do ano 2000 para o de 2010, foi observado um aumento no número de pessoas que se autodeclararam negras (pretos e pardos) no Brasil. É importante que os serviços compreendam e importância e estejam preparados para perguntar, qual a sua cor? E a população empoderada para responder adequadamente. Em Recife no Censo de 2000 54,2,2% da população se declarou negra, já no Censo de 2010 aumentou para 57%.
Por isso, faz-se necessário a produção de conhecimento científico com recorte racial, capacitação dos profissionais de saúde e subsidiar a população com informações adequadas para que possamos construir coletivamente uma atenção à saúde mais justa.
PRÉ-REQUISITOS: Ser servidor e empregado da Prefeitura da Cidade do Recife.
OBJETIVO: Refletir sobre racismo institucional na saúde; Compreender a importância das políticas públicas de saúde para população negra; Fortalecimento da política municipal de saúde da população negra para o município do Recife.
PÚBLICO-ALVO: Servidores e Empregados da Prefeitura da Cidade do Recife.
Nº DE TREINANDOS POR TURMA: 25
PERÍODO: 25 a 29/09/2017
CARGA HORÁRIA: 20 h/a
INSTRUTORIA: GIRLANA LUCAS DINIZ E ROSIMERY COSTA DOS SANTOS
LOCAL: EFAER – CENTRO DE FORMAÇÃO DE EDUCADORES PROFESSOR PAULO FREIRE – RUA REAL DA TORRE Nº 299 – MADALENA
I – Racismo, preconceito e discriminação.
Conceito de racismo, preconceito e discriminação;
Processo de construção da identidade brasileira
Racismo Institucional.
II – Política Nacional de Saúde Integral da População Negra e o quesito cor
Diretrizes, objetivos, marca e estratégias da PNSIPN.
A importância da implementação do quesito raça/cor na saúde
III – Doenças e agravos mais prevalentes na População Negra
Diabetes, hipertensão arterial, doença falciforme.
IV – Saúde da Mulher Negra
Miomas uterinos, câncer de mama.
Mortalidade materna
V – Política Municipal de Saúde Integral da População negra
Diretrizes, objetivos, marca e estratégias da PNSIPN.